• a média de votantes no período de 28 anos = 251,8 condôminos
• a média de votos brancos no período de 28 anos = 1,25 votos
• a média de votos nulos no período de 28 anos = 2,03 votos
O uso de procurações, para participar de Assembléias do condomínio iniciou em 1986, quando a Assembléia decidia, na época sobre a troca de Administradora.
Assembléia Geral Extraordinária em 12 de Julho de 1986
Posto em votação venceu a proposta da Gaúcha Imóveis com 56 votos e 28 votos para Administradora Pilar.
Constatadas que para aquela eleição foram utilizadas 22 procurações, sendo solicitado à Gaúcha Imóveis o fornecimento dos comprovantes de pagamento das taxas condominiais dos dois últimos meses daquelas pessoas citadas nas procurações, aos membros da comissão que organizava a licitação, os senhores:
Antonio Quirino Granja, Edson Gustavson e Antonio Jesus T. da Rosa, são as seguintes as procurações citadas: Olegário Rodrigues, 52/312 – Nilton Braz – 51/205 – José Xamuset Nunes, 33/402 – Rosangela Viana, 10/436 – Eloá Paim de Souza, 32/201 – Rudinei da Silva Pires, 06/348 – Silvia Strub, 13/219 – Edgar Antonio de Quadros, 35/314 – Elaine Sarat Losehann, 21/220 – José Antonio Costa Cavalcante, 15/423 – Neiva Terezinha dos Santos, 12/232 – Luiz Fernandes da Silva, 10/338 – Albertina Broch, 15/122 – Jorge Luiz D. da Silva, 39/309 – Jorge Robert Paz de Oliveira, 44/101 – Rubens Fernandes, 30/104 – Zuleica Silva da Silva, 46/412 – Nair Pacheco, 03/101 – Arno Manfroi, 04/203 – Aramis Rodrigues da Silva, 12/434 – Lauro Correa Romeiro, 29/203.
A continuidade do uso de procurações se repetiu:
Assembléia Geral Ordinária em 17 de Outubro de 1986
Posto em votação, as contas não foram aprovadas com 24 votos contrários, 17 votos a favor e 28 condôminos não emitiram parecer, ficando para o item, assuntos gerais, um debate mais aprofundado para tomada de posição final. Como podemos verificar existiam 69 assinaturas de condôminos no livro de presença, e 28 (maioria) que não emitiram nenhum parecer, fato bastante interessante o que nos leva a entender que a intervenção do Sr. Davi Duarte 26/338, foi pertinente, quando demonstra a desinformação da maioria ou aqueles 28 condôminos não estavam presentes.
A falta de esclarecimentos, provavelmente foi a tônica em 1991
Assembléia Geral Ordinária em 18 de Outubro de 1991
Presidente – Antonio de Jesus T. da Rosa, bl.10/337
Secretária- Profª Maria Anita Salazar
1. Prestação de contas da Administração.
As contas foram aprovadas por maioria, com seguinte contagem de votos:
A favor= 28 votos
Contra= 12 votos
Omitiram-se= 25 votos
TOTAL = 65 Condôminos presentes
Podemos observar que alem do baixo nível de presença, 6,5%, dos condôminos residentes,38,5% dos que compareceram em Assembléia, se omitiram de votar. Certamente aqueles condôminos não verificaram as contas daquela Administração, não estavam presentes ou não as entenderam.
A falta de esclarecimentos, novamente foi a tônica em 1992
Assembléia Geral Extraordinária em 24 de Agosto de 1992.
Presidente – Síndica Geneci da Silva Saraiva
Secretária - Luiza Helena Andrade,
1- Esclarecimentos sobre o reajuste da taxa condominial.
A Síndica esclareceu que a situação era bastante delicada devido as dividas atrasadas e grande inadimplência, que mesmo ajuizados alguns condôminos não conseguiam pagar as cotas condominiais e até mesmo já existiam casos de retomada dos imóveis citando alguns leilões.
Este item durante as discussões era desprezado quando todos avançavam para o 2º item, “Garagens e porões”, não havendo votação e logicamente aprovação dos esclarecimentos da Síndica.
2- Aprovação para a utilização dos porões e garagens.
As discussões eram desordenadas e sem controle da Síndica.
O Sr. Mello afirmou que a 5ª Vara cível deu sentença aprovando as construções das garagens, sendo seguido pelo Sr. Silvio, que leu o laudo de perícia sobre o assunto. O que os condôminos não perceberam sobre a redação do laudo pericial lido naquela Assembléia, que em momento algum autorizava construções de garagens.
O Sr. Portella relembrou o 1º item, sobre reajuste das taxas condominiais ainda não encerrado, e votado e que o 2º item não deveria entrar em votação.
Apesar da balburdia existente na Assembléia, foi realizada a votação, tendo o seguinte resultado: 62 votos a favor, 29 votos contra e 01 voto nulo, Total 92 votos
O interessante que estavam presente 149 condôminos, e somente 92 votaram, o que demonstrou a falta de entendimento dos assuntos discutidos naquela Assembléia, "ou não estavam presentes?'.
Com esta amostragem de nossas Assembléias, podemos concluir que entregar procuração a alguém, sem saber as conseqüências, poderemos estar entregando os rumos o patrimônio e o caixa do condomínio para pessoas estranhas.
Da Administração do Condomínio( Código civil - subseção II)
Art. 1.323. Deliberando a maioria sobre a administração da coisa comum, escolherá o Administrador, que poderá ser estranho ao condomínio; resolvendo alugá-la, prefirir-se-á, em condições iguais, o condômino ao que não é.Obs: As atas tiveram redação reduzida na matéria apresentada, porem a redação completa das atas de Assembléias citadas, estão a disposição no próprio Blog,(Página inicial)
